23.08.2021 - Projeto de Reconhecimento de Paternidade encerra segunda etapa


por Marciano Corrêa
 
 
Maio, Junho e Julho marcaram o trabalho da equipe do Instituto Paternidade Responsável na busca ativa pelo Reconhecimento de Paternidade dos usuários do Sistema Único de Assistência Social - SUAS de Lages/SC.
A instituição desempenha seu papel social há mais de 17 anos e trabalha com os casos triados e na prevenção. Técnicas de Justiça Restaurativa incorporam o trabalho da equipe que auxilia o usuário a dar sobrenome às pessoas que não possuem o nome do pai na certidão e contribui na manutenção de laço afetivo, principalmente as famílias com crianças e adolescentes.
Durante a primeira etapa foi dado a introdução as capacitações começando pelas coordenações e diretorias dos serviços do SUAS.
Nesta segunda etapa, já foram capacitados aproximadamente 40 profissionais dos equipamentos do município que compreendem CRAS e CREAS e equipe executora do projeto formando um elo de conhecimento sobre a importância do reconhecimento paterno e formas de encaminhamento para atendimento gratuito junto ao Instituto Paternidade Responsável. As técnicas de justiça restaurativa e cultura de paz, aplicadas as discussões de casos apresentados pelos participantes durante as capacitações são fundamentais para a sensibilização da rede e contribuem com o trabalho das equipes durante os atendimentos relacionados ao reconhecimento paterno, principalmente quando é verificado situações de usuários sem o reconhecimento paterno.
Até o momento as através das atividades realizadas o projeto atingiu a marca de 1100 pessoas atendidas, através de Busca Ativa por meio de contatos telefônicos, visitas domiciliares, encaminhamentos da rede e atendimento o Instituto.
Sem dúvida o trabalho e diálogo in loco com a rede de equipamentos do município, tem colaborado para a execução do serviço. Cabe salientar, que as questões judiciais referentes a inserção do nome paterno da certidão, se dá mediante encaminhamento a tramites legais junto a Vara da Família, Fórum e Cartório, órgãos extremamente importantes e fundamentais para a finalização dos processos de reconhecimento de paternidade.
O projeto só foi possível pela emenda parlamentar destinada pela deputada Carmen Zanotto e hoje a equipe constata a necessidade de uma prorrogação do trabalho, pois o universo de usuários sem reconhecimento paterno é numeroso e o trabalho se amplia ainda mais.
“Não podemos atropelar, temos de realizar todas as etapas de reconhecimento de paternidade, quando se inicia a busca ativa, no primeiro momento a pessoa por vezes não demonstra interesse para a sua situação, principalmente os adultos’’. Quando se trata de crianças e adolescentes, muitas mães e responsáveis tem interesse em realizar o reconhecimento, porém não sabem o nome completo, endereço e dados do suposto pai, o que torna moroso ainda mais o início do processo de reconhecimento paterno. É neste sentido que esse serviço deve ser continuado, pois a todo momento diversas são as situações e novos casos são apresentados pela equipe envolvida nas atividades e de atendimento as famílias” comentaram os profissionais.

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