30.11.2017 - Pai mantém convívio, mas faltava o reconhecimento


 
Genitor de 65 anos dá seu sobrenome aos filhos
 
por Marciano Corrêa
 
Na última semana um caso uma tanto raro de acontecer, chegou até o Instituto Paternidade Responsável, anexo ao Fórum Nereu Ramos, para ser resolvido.
O pai, Ademir Tomé da Silva, 65 anos, foi chamado pelas três filhas, de um total de sete, chamando-o para a responsabilidade de reconhecê-las agora no documento.
O senhor Ademir sempre teve convívio com elas, mas algo faltava, tanto para os pais, quanto para as filhas.
O andamento para o reconhecimento de paternidade foi feito somente com três pelo fato de serem os únicos a estarem disponíveis para formalizar no registro de nascimento.
"Pra mim é tudo, tem muitos que não querem ter filhos. Eu criei, mas faltava algo e era o meu sobrenome. E, agora parte deles tem", colocou Ademir.
O patriarca não havia feito o reconhecimento deles por conta de que sua esposa era casada no civil e não tinha feito à separação. Ficaram 23 anos juntos e foram concebidos sete filhos. 
São filhos que estão separados pelo endereço e localização, mas estão unidos pelo afeto e carinho e agora parte deles pelo sobrenome do pai.
Para Estela Maris, 38 anos, isso é muito importante. "Só o fato de ser nosso pai, isso vai ajudar a reforçar o amor que nós temos, ainda mais", diz.
Por conta de muitos empecílhos da lei, não conseguiram registrar. Mas deu certo.
"Resolvemos pedir o reconhecimento e vim pra Lages para ser finalmente reconhecida", falou Mari Estela, 38 anos, gêmea de Estela, moradora da cidade de Vista Alegre /RS.
No entanto, o pai conviveu, sustentou e acompanhou o desenvolvimento dos filhos. Ele não tem dúvida quanto a paternidade de suas filhas, ou melhor, de seus filhos e desejou profundamente o reconhecimento voluntário. 
Na conciliação participou ainda Tânia Osmarina Ramos, que também foi reconhecida.

Outras