20.02.2013 - Média de cinco casos atendidos por dia pelo Paternidade


 

Durante o recesso e o mês de janeiro o Instituto Paternidade Responsável, não parou suas atividades. Trabalhando com horário reduzido procurou suprir a demanda que aparecia durante esta época. E agora em ritmo acelerado, tem de cumprir uma agenda que somam todos os dias uma média de três à cinco casos.

 

Mães adolescentes, avós, pais que procuram a sede da entidade em busca de orientação de como inserir o nome do pai no registro de nascimento de seus filhos. Fato este importantíssimo, pois reflete diretamente na vida da criança ou adolescente, que sofre os melindres da tal irresponsabilidade.

 

Segundo a pedagoga e presidente do Paternidade Responsável Rosane Wiggers “ Além de todo atendimento feito pela equipe, ainda prestamos informações e encaminhamos aos órgãos responsáveis que possam resolver ou amenizar as situações que nos são apresentadas, disse. Não podemos deixar de contabilizar os casos extras que aparecem e são encaixados durante os atendimentos”, complementou.

 

Atuando desde 2003, a equipe multidisciplinar tem possibilitado aos jovens e suas famílias a busca pela sua identidade completa, não apenas o nome, mas sobrenome de pai e mãe.

 

Não somente nos bolsões de pobreza de nossa cidade, mas nas famílias de classe média e alta têm sido constantes os casos que requer exames de paternidade. Nem sempre, mas as vezes vem acompanhado do envolvimento com drogas, gravidez na adolescência, servindo de sinal de alerta, chamou atenção a Coordenadora de projetos Rita Lang referente a casos de meninas de 10 anos ficando grávida, “não é comum, mas estão surgindo em nossa região” falou.

 

Os temas transversais são trabalhados nas escolas públicas municipais e estaduais desde 2007, tornaram-se essenciais para conscientizar a população. O Paternidade usa uma peça de teatro, por meio do lúdico, diverte e informa os alunos.

 

“Alunos de Lages e região já assistiram a peça de teatro e saem informadas. Quanto as famílias, chegam no IPR fragilizadas, e de mediar e socorrer, mas é claro, que no andamento do serviço prestado, sempre propomos uma mudança, um reforma comportamental que vai refletir imediatamente se atendida. É melhor informá-los através do lúdico ou atender quando o fato se consolidou?”, disse a psicóloga Ildete Vieira.

 

Os casos mediados têm acompanhamento de psicólogo, assistente social, e profissional do direito, mediadores e conciliadores capacitados pelo TJSC. Primeiro é feito o cadastramento dos dados pessoais e informações que requer o caso e posteriormente a mãe, que são maioria, quanto ao pedido de reconhecimento de paternidade, relatam os fatos aos profissionais que em seguida convidam o suposto pai para comparecer no Instituto para uma conversa esclarecedora. Muitas mães dizem “Estamos cansadas de caminhar e procurar e não ter nossa situação resolvida e ainda bem que existe o Paternidade para nos ajudar”.

 

O Paternidade tem conseguido se manter graças convênio via município de Lages, que este ano está em processo de renovação, assim como todas as entidades que de cunho social trabalham direta ou indiretamente com crianças e adolescentes. A equipe trabalha atendendo empresas e prefeituras quando solicitam, com projetos de prevenção nas escolas, de drogas e da gravidez na adolescência.

 

Uma outra alternativa hoje  é o comprometimento de cada cidadão lageano que faz a declaração anual do Imposto de Renda devido, destinar 6% para pessoas físicas e 4% para jurídicas doando, ao Paternidade, mediante projeto aprovado pela Ministério da Cultura.

Ser pai é uma escolha, ser filho é um direito!

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