11.04.2017 - Paternidade atende mulheres vítimas de violência
por Marciano Corrêa
A campanha contra violência é nacional, mas em Lages deve ser reforçada; Em 2016, foram registradas em Santa Catarina 30 mil ocorrências pelo crime de ameaça contra a mulher.
Todos os dias, de segunda a sexta-feira, inúmero casos de mulheres vítimas de violência, passam pelo Instituto Paternidade Responsável. Sofrem desde violência psicológica, até mesmo física.
Nos casos de violência psicológica a maioria das mulheres que passa pelo atendimento, sofre pressão da família, do namorado, da comunidade, da sociedade, mas principalmente dela própria, pois o martírio mental que passam, prejudica a vida cotidiana. O filho, durante a gestação e após o nascimento é afetado gravemente, sofrendo com tudo isso.
“Nós adotamos uma forma conciliatória por meio da mediação dos conflitos para minimizar o impacto”, diz a conciliadora Rita Lang.
De janeiro a março, 71 declaratórias deixaram de indicar o nome do pai. São em média 20 casos diários atendidos, destes 10% sofrem algum tipo de violência.
Outro aspecto que deve ser considerado é a violência contra as crianças, em muitos dos casos, não só as mães passam por isso.
Lages teve o maior número de inquéritos policiais sobre ocorrências envolvendo violência contra a mulher em 2015. Foram 1,2 mil inquéritos.
Em 2016, foram registradas em Santa Catarina 30 mil ocorrências pelo crime de ameaça contra a mulher.
Os crimes que mais chegam à delegacia de Lages são ameaça, lesão corporal e estupro, o que resulta em um total aproximado de 3 mil ocorrências ao ano.
Violação dos direitos
A violência contra mulheres e meninas é uma grave violação dos direitos humanos. Seu impacto varia entre consequências físicas, sexuais e mentais para mulheres e meninas, incluindo a morte.