20.09.2013 - Saúde discute implantação de posto do CVV em Lages


 
Na foto a Assistente Social Lucilene Moraes e a Psicóloga do Instituto Paternidade Responsável participando da reunião
A Secretaria de Saúde solicitou e representantes do Centro de Valorização à Vida (CVV) em Santa Catarina apresentaram o programa a entidades e instituições de Lages, com a intenção de implantar um posto de atendimento no município. O encontro aconteceu na tarde desta segunda-feira (16) no auditório da secretaria e reuniu cerca de 40 pessoas. O CVV foi fundado por um grupo de jovens universitários de São Paulo em 1962. É uma associação não lucrativa e reconhecida de utilidade pública federal em 1973. O primeiro a funcionar em Santa Catarina foi na cidade de Blumenau há 29 anos. Lages pode ser a décima primeira cidade do Estado beneficiada.
Baseado nos índices de casos de tentativas de suicídio que chegam ao pronto-atendimento Tito Bianchini, o setor de Atenção Básica da secretaria contatou o serviço do CVV. “Nossa preocupação com risco e tentativa de suicídio, que está cada vez maior, é que muitas vezes a pessoa com abalo emocional não tem um local para ser assistida; a equipe da Secretaria de Saúde soube da idoneidade do CVV e foi buscar esse serviço”, explica a diretora de Atenção Básica, Paola Arantes.
O coordenador regional de expansão em Santa Catarina, João Régis da Silva, entende que a semente foi semeada em Lages. “Com o apoio da prefeitura, instituições e voluntários, em breve um posto de atendimento será implantado na cidade”, afirma. A missão é valorizar a vida e prevenir suicídios. Voluntários são treinados a ouvir as pessoas de maneira a suprir as necessidades de quem precisa falar, prestando apoio emocional. “Quando se fala em suicídio não é somente a questão física, mas também nos descontentamentos, com o que classificamos como ‘suicídio de sonhos’. O CVV contribui para que estas pessoas se compreendam e busquem um novo rumo de vida”, explica Régis.

Como funciona

O atendimento do Centro de Valorização à Vida é feito por e-mail, telefone, fax, pessoalmente nos postos e recentemente ao vivo pela internet. “O voluntário precisa renunciar muito de suas crenças para aceitar a filosofia do CVV que é confiar, respeitar e aceitar as pessoas como elas são, com base nos critérios de não aconselhar, não direcionar, não julgar e não emitir seu parecer sobre o atendido”, diz. Em todo o Brasil existem em torno de 70 postos com mais de dois mil voluntários.
Para voluntariar-se é necessário ter mais de 18 anos e ser alfabetizado. “Os resultados positivos são eminentes; há 29 anos, quando o primeiro posto foi implantado em Santa Catarina, nos primeiros seis meses houve redução de 47% de tentativas e suicídios em Blumenau”, garante Régis. O CVV presta apoio emocional, sem vínculo religioso ou político, garante o anonimato e o sigilo. A expansão do grupo tem como objetivo ampliar o número de postos e voluntários e principalmente diminuir o número de pessoas sofredoras.
 
Fonte: Imprensa /PML
 

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